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Logo que entramos no curso de jornalismo, a primeira lição
do dia é que essa tal “isenção” vendida pela maioria dos noticiários não
existe. As pessoas não são isentas. E sabe por quê? Porque é assim na vida. Por exemplo, quando você
opta por determinadas escolhas está decidindo por um lado. Quando alguém lhe
disser que não possui lado, desconfie. Justamente o fato desta pessoa lhe falar
isso, já está optando por um lado, ou
seja, tomando posição. O fato de não se posicionar, é também uma posição.
Assim é a vida. É inerente ao ser humano tomar decisões. Com
o passar do tempo elas se tornam mais importantes e com maior grau de
responsabilidade em nossas vidas. Mas elas surgem desde a infância, quando se é
criança é possível que as preocupações sejam apenas com o que brincar, qual
desenho assistir e que amigos escolherá para a festa de aniversário. Nada mal,
afinal, a importância das coisas é atribuída conforme nosso grau de maturidade.
Na fase adulta, as escolhas se tornam mais representativas e provavelmente
criticadas pelos outros. As escolhas
também fazem parte do reino animal, eles também decidem por qual caminho seguir. Isso não significa que uma ou outra escolha seja certa ou
errada, quer dizer apenas que pessoas são formadas por aquilo que elas
acreditam e fazem parte de seu universo, e poder seguir e dizer o que você
acredita representa a democracia e liberdade de expressão.
Sou grata por conviver em uma sociedade em que as pessoas
devem respeitar as opiniões alheias. Quando alguém decide por um lado, ou se
pronuncia de determinada maneira é sinal de reflexão, e se você não considera
isso, lembre-se que somos seres em pleno estado de evolução.
Neste caso, saber aprender com os outros ou então saber desconsiderar
aquilo que não nos é relevante é sinal de elevação espiritual. Por outro lado,
se isso lhe perturba de forma negativa, e você não consegue tirar algo de bom,
é sinal de que você precisa aprender a respeitar as diferenças. Fazer alguém se
omitir por não concordar com seus ideais ou então acreditar que não está
correto é furtar o direito à liberdade de expressão. É introduzir uma ditadura.
E a essa, que chamamos de “dura” mesmo, porque enquanto a democracia acolhe e
abraça a diversidade, a ditadura recolhe e restringe os direitos individuais.
De tudo isso, o mais importante, é a sua consciência fique tranquila com as
decisões tomadas, afinal, posicionar-se é inevitável.
E não se esqueça de uma grande lição: “O que
mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos sem
ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons”. Martin Luther King

